Motoristas autônomos e agroindústrias buscam acordo sobre tabela do frete

Publicado em 13/06/2018 15:14:39
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A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) promoveu audiência pública na terça-feira (12) para discutir os impactos da crise dos combustíveis no agronegócio. O debate foi proposto pelo deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS) e teve como objetivo mediar o impasse gerado pelo aumento do custo de transporte a partir da criação da tabela mínima de frete. O encontro reuniu dirigentes de diversos setores do agronegócio e representantes dos caminhoneiros autônomos. 

Segundo o presidente da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra), Arney Antonio Frasson, a entidade estuda medidas judiciais para contestar a criação da tabela frete. O dirigente disse que os preços estipulados pelo governo provocaram a elevação dos custos, principalmente com relação aos negócios fechados antes da greve. Frasson revelou que apenas uma empresa acumula prejuízo de R$ 1,8 milhão.

Já o diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ariel Mendes, destacou que a logística de transporte no setor agroindustrial e frigorífico atende a uma série de peculiaridades e modalidades diferenciadas de veículos utilizados. E o valor do frete atende a uma planilha de custo semanal, numa relação de confiança e fidelização. Mendes acrescenta que, na questão dos grãos, a tabela de frete inviabiliza o transporte do milho produzido no Mato Grosso para Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

Representante dos transportadores autônomos, Carlos Alberto Litti Dahmer ressaltou que a greve de dez dias que parou o Brasil aconteceu porque o caminhoneiro chegou ao limite extremo por conta da impossibilidade de se manter na atividade.