Um ano após tragédia Chapecoense ainda passa por reconstrução

Publicado em 29/11/2017 15:17:37
MÍDIA PATROCINADA
MÍDIA PATROCINADA
MÍDIA PATROCINADA
“Um ídolo não morre, vira lenda”. “Mereciam o mundo, ganharam o céu”. As frases que estampam cartazes no entorno da Arená Condá, em Chapecó, representam a lembrança de um dia que jamais será esquecido. Há um ano, as 75 vítimas que iam para a Colômbia partiram em uma viagem sem volta. Saíram de São Paulo e tinham como destino a cidade de Medellín, que seria palco da final da Copa Sul-Americana de 2016. A partida entre a Associação Chapecoense de Futebol e o Atlético Nacional nunca aconteceu, mas ficará para sempre na memória dos torcedores.

Personagem da tragédia que dizimou jogadores, jornalistas e dirigentes de futebol, o coordenador de esportes da rádio Super Condá, Ivan Carlos Agnoletto, poderia ter sido mais uma das vítimas. Quis o destino que ele não embarcasse no voo 2933, da empresa boliviana LaMia, por conta de um documento de identidade antigo, que levou por engano ao aeroporto. O imprevisto fez com que perdesse dois companheiros: Gelson Galiotto e Edson Luiz Ebeliny, conhecido com Picolé. Hoje, o jornalista vê o acidente como um sinal divino.

O vice-presidente jurídico da Chapecoense, Luiz Antonio Palaoro, admite que o clube tem sido alvo de algumas ações na Justiça, mas que está aberto a analisar propostas das famílias das vítimas. Palaoro garante ainda que jamais passou pela cabeça encerrar as atividades do clube.

A principal frente de investigação brasileira em relação ao acidente com o avião da LaMia foi conduzida pelo Ministério Público Federal (MPF), em Chapecó. O MPF concluiu que não houve negligência ou imprudência por parte da Associação Chapecoense de Futebol na contratação da companhia e que também não foi identificado qualquer indício de que tenha havido pagamento de valor indevido ou outro interesse escuso para fechar o contrato. Na terça (28), o procurador federal Carlos Humberto Prola Júnior confirmou haver suspeitas de que a LaMia, na verdade, seja efetivamente controlada por uma família na Venezuela, apesar de ter sede na Bolívia.

Para a Chape, taças e tempo de clube não são necessariamente sinônimos de grandeza. Na Arena Condá, cada dia sobrevivido, superado e renascido representa um novo título. Que o grito que ecoou na voz de muitos torcedores permaneça no coração de todos os brasileiros: vamos, vamos, Chape!