Isolamento social prejudica qualidade do sono

Publicado em 18/05/2020 09:15:53
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Entre as consequências da pandemia de COVID-19 estão as alterações do sono. Com níveis maiores de estresse e incertezas, é comum que esses problemas surjam ou ganhem mais força nesse período.
De acordo com o médico neurologista e coordenador de Pesquisa e Pós-Graduação da Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo (FM/UPF), Cassiano Mateus Forcelini, a insônia é o distúrbio do sono mais comum na população mundial, afetando entre 30 a 35% da população. “Nesses dados estão englobados tanto os casos em que insônia é um sintoma de outro problema, por exemplo, ansiedade, apneia obstrutiva do sono, quanto aqueles em que a pessoa tem a doença insônia. Por isso, sim a insônia pode ser tanto um sintoma, quanto uma doença” diz.

Apesar de ainda não ter estudos confirmando aquilo que os profissionais de saúde já percebem, a situação atual está, sim, afetando a qualidade do sono. Forcelini crê em dois fatores principais para isso. “Primeiro fator é a apreensão com relação à própria saúde e de seus familiares, bem como manutenção de emprego e renda, além de revisão dos objetivos desejados para o ano. Segundo, a inatividade. Sabe-se que a atividade física e convivência social (trabalho, lazer, escola) melhoram a qualidade do sono. Nesse aspecto, a quarentena em si seria um indutor de insônia, ainda que para outras pessoas a possibilidade de dormir mais acaba se concretizando. Mas, mesmo assim, a qualidade desse sono segue sendo dependente de atividade física e convívio social”, relatou.