Nova remessa de vacinas da CoronaVac será distribuída aos municípios a partir de segunda-feira

A terceira remessa de vacinas contra o coronavírus recebida pelo Rio Grande do Sul já tem destino e data de distribuição definidos. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), o lote de 53,4 mil doses da CoronaVac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan, será enviado aos municípios na segunda-feira (1º).

As vacinas serão utilizadas para a aplicação da primeira dose em profissionais da área da saúde. 
Na ocasião, também serão distribuídas outras 170 mil doses de CoronaVac, doses recebidas pelo Estado na primeira remessa, em 18 de janeiro. Esses imunizantes estão reservados para a aplicação da segunda dose. Desde o início da campanha de vacinação, o Estado recebeu 511,2 mil doses de vacina do Ministério da Saúde, incluindo as da Oxford/AstraZeneca.

Conforme o Piratini, os critérios para aplicação das vacinas foram debatidos entre a secretária da Saúde, Arita Bergmann, e equipe técnica, durante reunião virtual com o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), na sexta-feira (29).
Inicialmente, a remessa de 53,4 mil doses também estava destinada à continuidade da vacinação de profissionais que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus. Entretanto, a Secretária de Saúde (SES) optou por utilizar as doses para fazer o que definiu de "correções". Por isso, as doses serão encaminhadas aos profissionais que ainda não foram imunizados. 

Segundo o Piratini, a decisão foi tomada com base nos dados do Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde, orientado pelas campanhas de influenza cuja vacinação engloba pessoas de 18 a 59 anos. 

Entretanto, a vacinação contra a covid-19 inclui pessoas que atuam na área da saúde com idade superior a 59 anos. Por isso, o cálculo inicial da distribuição das vacinas teve de ser ajustado. Inicialmente, o CNES estimou que 361 mil profissionais da saúde deveriam ser imunizados no Estado. Com a correção, este número subiu para 407 mil pessoas. 
Além disso, algumas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) não estavam cadastradas no CNES. Com isso, o número de idosos institucionalizados também estava incorreto. 

O Piratini projeta que, com os ajustes, todos os municípios gaúchos atinjam 100% de vacinação dos grupos prioritários de indígenas, população de 60 anos ou mais institucionalizada e pessoas portadoras de deficiência institucionalizadas.
Com a distribuição de 170 mil doses destinas à aplicação da segunda dose, o governo do Estado projeta que o volume vai garantir que nenhum município tenha recebido menos do 66% das doses previstas para os profissionais da saúde. As vacinas serão encaminhas aos municípios via transporte aéreo e terrestre.