Cerro Largo: A múmia não foi doada, mas cedida”, diz filho do doador

Publicado em 16/10/2019 09:53:47
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A múmia de Cerro Largo que ganhou destaque no Estado ao ter sua autenticidade confirmada pelo pesquisador da PUC/RS, Édison Hüttner (através do teste carbono-14) ganha mais uma vez as manchetes dos jornais. Desta vez em meio a uma polêmica. Carlos Marcelo Kuntz, de 64 anos, filho de Marcelino Kuntz (doador da peça), entrou na justiça requerendo de volta a relíquia egípcia que tinha sido doada ao Centro Cultural 25 de Julho, na década de 1980.

Carlos disse não ser verdadeira a versão apresentada por representante do Centro Cultural 25 de Julho, de que seu pai teria ganhada a múmia de um amigo egípcio quando esteve no Rio de Janeiro. “Isso não é verdade. Meu pai nunca morou no Rio. Tenho como provou isso. A verdade é que o pai adquiriu a múmia quando esteve no Egito na década de 1950. Lá ele conheceu um egípcio e obteve o crânio.”

Kuntz lembra que entre 1981 e 1982 seu Marcelino teria cedido a peça após se sentir ruim. “Eu recordo que ele reclamou de um mal-estar. Lembrei a ele da maldição da múmia. O pai decidiu ceder a peça, mas não doou. Ele morreu em 1984 e antes disso nos disse que nós poderíamos requisitar o crânio na sua ausência. É o que estou fazendo, resgatando a múmia, Minha irmã deixou para mim resolver essa questão.”

AUTENTICIDADE DA PEÇA
Carlos Kuntz conta que embora não houvesse comprovação científica da autenticidade do crânio como de uma múmia egípcia, ele achava que fosse verdade. “Sempre acreditei no que meu pai falava. Não somos de Cerro Largo. Vivemos em várias cidades antes vir para o município. Cresci vendo a múmia que nos acompanhou em cada mudança de moradia. A múmia não foi doada, mas cedida. Queremos ela de volta. Contratamos um advogado para isso.”

Apesar do esforço para recuperação da múmia, Carlos disse não saber o que fazer com a relíquia. No entanto o familiar do doador pensa que a múmia deve sair do Centro Cultural 25 de Julho e voltar para os verdadeiros donos.