Propina a ex-tesoureiro do PT envolveu parentes, blog e escola de samba, diz PF

Publicado em 05/07/2016 13:47:24
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O pagamento de propinas ao ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira teve como objetivo não somente irrigar as finanças do partido, como também proporcionar vantagens pessoais a ele, disseram investigadores responsáveis pela 31ª fase da Lava Jato, denominada Operação Abismo, deflagrada ontem (4) pela Polícia Federal. 

Ferreira está preso desde o dia 23 na superintendência do órgão em São Paulo, em decorrência da Operação Custo Brasil, também da PF.

Os investigadores disseram ter colhido provas de que Ferreira recebeu recursos desviados da Petrobras. Ele usava contas de parentes para receber os recursos, um blog no qual publicava notas favoráveis à sua atuação política e também uma escola de samba de Porto Alegre para receber o dinheiro.

Em delação premiada, o operador financeiro Alexandre Romano disse ter desviado R$ 1 milhão de contratos para a reforma do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro, para Ferreira.

Segundo os investigadores, Romano apresentou talões de cheque que comprovam o pagamento de R$ 2 mil ao próprio Ferreira e outros R$ 3,5 mil a seus dois filhos.

Valores diversos foram pagos a assessores da tesouraria do PT e, segundo as investigações, também a uma servidora da Casa Civil da Presidência da República.